Biografia

Aqui você encontrará as biografias de varzeapalmenses que a ACLAV elegeu, seja como patrono ou patronesse de alguma das cadeiras, seja como acadêmico que as ocupa, em razão da importância de suas vidas para a própria monografia de Várzea da Palma/MG.

O patrono ou patronesse escolhido pela ACLAV é uma figura de destaque que contribuiu significativamente para a história e desenvolvimento da cidade. Através dessa biografia será possível conhecer sua trajetória de vida, suas conquistas e suas contribuições para a comunidade local. Será abordado seu papel no contexto histórico e cultural de Várzea da Palma, assim como as realizações que o tornaram digno(a) de ser reconhecido(a) como patrono/patronesse. Enfim, através desse breve relato será possível compreender a importância desse(a) varzeapalmense na construção da identidade, da cultura, das ciências e da memória da cidade.

O acadêmico, por sua vez, é aquele que, na condição de sócio fundador, efetivo nato ou efetivo, ocupa uma das cadeiras dentro da Instituição ACLAV. Os acadêmicos da ACLAV contribuem decisivamente para a difusão da história e da cultura local, bem como exercem importante papel criativo e propositivo em relação à literatura, às ciências e às artes.

Chegou a hora de conhecer essas personalidades, cujas histórias de vida certamente fará com que tenhamos um maior sentimento de pertencimento. Além disso, trata-se de importante reforço a identidade e a própria cultura local. 

Cadeira n. 12

A CADEIRA n. 12 atualmente encontra-se OCUPADA.

Ocupar uma cadeira ACLAV é um sinal de reconhecimento e prestígio, representando a contribuição do ocupante para o avanço do conhecimento e da cultura. Aquele que assumir essa cadeira terá a responsabilidade de manter a tradição e o legado dos seus antecessores e também a oportunidade de influenciar e inspirar futuras gerações. A cadeira vaga representa uma oportunidade única de fazer parte do seleto grupo de acadêmicos ACLAV e de deixar sua marca no mundo acadêmico. Somente sócios fundadores, efetivos natos ou efetivos podem ocupar cadeiras.

DALVA STELA URSINE CORRÊA
Nascimento: 08/08/1916
Falecimento:
Naturalidade:

Patronesse

Dalva Estela Ursini Corrêa, filha de João Ursini Júnior e Esther Sampaio Ursini, nasceu na cidade de Diamantina/MG, no dia 08/08/1916.
Formou-se no Colégio Nossa Senhora das Dores, Normalista, e trabalhou por tempos no Município de Corinto/MG, sobretudo no distrito de Contria.
Veio para Várzea da Palma, onde trabalhou na Escola Joaquim de Paula Ferreira em várias funções até se aposentar. Foi uma exímia educadora, que ensinou também pelo exemplo.
No campo das artes, além de uma notável bordadeira, dedicando-se com zelo a esta arte, fundou o grupo "As Pastorinhas", que, formado por jovens, reunia-se tradicionalmente em dezembro de cada ano, alinhando-se a chegada do Natal, quando apresentavam canções e hinos, geralmente ao som de pandeiros. Além disso, Dalva dedicava-se também às coroações religiosas que ocorriam no mês de maio, tudo ao som de muitos cantos e versos, com letras originais, inspiradas em sua rica criatividade e na habilidade que tinha com a música, fruto de seus estudos quando interna no Colégio de Diamantina, em especial no piano.
Casou-se com Etienne Correa da Silva, com quem teve 4 filhos: José Maria Ursini Corrêa, Sonia Maria Ursini Corrêa, Vania Lucia Ursini Corrêa e Tania Regina Ursini Corrêa.
Faleceu no dia 03/12/2005, deixando um grande legado de abnegação, de compromisso com a Educação de Várzea da Palma/MG e de preservação de valores humanísticos. Foi, sobretudo, exemplo de mulher que compartilhou de conhecimentos culturais para o bem da educação de crianças, jovens e adultos nesta cidade.
Em homenagem a Sra. Dalva Estela Ursini Corrêa, a ACLAV deixou a sua história registrada nas páginas da Academia ao definí-la como patronesse da Cadeira n. 12, que, atualmente vaga, foi ocupada pelo seu filho, o acadêmico José Maria Ursini Corrêa ("in memoriam").

JOSÉ MARIA DE JESUS URSINE CORREIA
Nascimento: 09/12/1949
Falecimento: 30/09/2018
Data da Posse ACLAV: 29/08/2008
Naturalidade:
Sócio Fundador

1º Acadêmico

Neste último dia 09 de dezembro, o acadêmico José Maria de Jesus Ursine Correia ("in memoriam") completaria mais um ano!
José Maria Ursine, como era comumente conhecido, filho de Dalva Stela Ursine Correia e de Etiene Correia da Silva, era poeta de mão cheia. Ocupou a Cadeira n. 12 da nossa Academia de Letras, Ciências e Artes de Várzea da Palma/MG - ACLAV, cuja patronesse é sua mãe, a Sra. Dalva Stela Ursine Correia. Foi homenageado postumamente com a publicação de alguns de seus poemas na obra "Na Aba do meu Chapéu", lançada em 2019, que contou com a coautoria dos acadêmicos Pedro Oliveira, Evaristo Souza Soares e Grimaulde da Guia Gomes.
Era casado com Zeneide Ferraz Corrêa (Lia).
Faleceu em 30 de setembro de 2018, mas para nós estará "sempre presente", sobretudo pela imortalidade de seu legado.

MARCOS ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA
Nascimento: 13/04/1977
Data da Posse ACLAV: 27/08/2025
Naturalidade: Várzea da Palma/MG
Sócio Efetivo

2º Acadêmico

Marcos Antonio Pereira da Silva

Marcos Antonio Pereira da Silva nasceu em 13 de abril de 1977, sendo o primogênito de quatro irmãos. Filho de Arací Tomazia da Silva, mãe solo, recebeu ao nascer o nome de Marcos Antonio da Silva. Mais tarde, ao casar-se com Alessandra Pereira da Silva, herdou o sobrenome Pereira. É pai de Isadora Lorrane Moura da Silva (de seu primeiro casamento) e de Marco Túlio Saraiva da Silva (de seu segundo casamento).
Desde muito cedo, Marcos demonstrou talento musical. Aos 5 anos, já se apresentava cantando em intervalos escolares e auditórios. Costumava ser repreendido por batucar nas carteiras de madeira, sem imaginar que estava descobrindo sua verdadeira vocação.
Na infância, tentou diversas vezes integrar a bateria da Escola de Samba Associação dos Pretos, mas não conseguia passar nas seletivas, desfilando então como passista ou em outras alas. Um momento marcante foi quando, próximo aos 12 anos, conseguiu finalmente participar da bateria — não como ritmista, mas conduzindo um carrinho de botijões de gás usado como instrumento de percussão.
Aos 14 anos, ingressou na Fanfarra Municipal, sob regência do Sargento Marcelino, onde aprendeu a tocar diversos instrumentos: bumbo, tarol, caixa clara, surdo e surdinho, destacando-se no tarol. Seu talento chamou a atenção e, junto ao amigo Alex, foi convidado a integrar a Banda Municipal de Música José Evangelista, regida pelo Maestro Capitão João Evangelista de Paula.
Adaptar-se à disciplina da corporação não foi fácil. Criado sem a presença paterna e com pouca atenção materna devido ao trabalho, Marcos precisou enfrentar preconceitos, rejeições e humilhações. Muitos desacreditavam de seu futuro. Ainda assim, sua dedicação e a sintonia musical com o amigo Alex conquistaram a aprovação do maestro.
Um episódio marcante ocorreu quando, surpreendido por um movimento incomum na corporação, foi chamado pelo maestro que lhe entregou um uniforme e ordenou: “Negrinho, tome aqui essas roupas, vá ali naquele quarto e as experimente”. Após se arrumar às pressas, sua mãe lhe disse em voz baixa: “Eles estão errados”. Naquele dia, Marcos realizou sua primeira apresentação oficial com a Banda Municipal — início de uma trajetória que nunca mais pararia.
Além da corporação, Marcos participou de diversos grupos e estilos musicais. Fez parte da Banda Camarões (primeira banda de axé musique de Várzea da Palma, composta por músicos da própria corporação), integrou o grupo de pagode Renascer, colaborou com ministérios de música católica, e atuou em inúmeras bandas locais, como:
* Banda Alta Voltagem
* Banda A Cor do Som
* Anjos do Samba
* Banda Sadadiar
* Banda Badulaque
* Alex e Banda
* Art Samba
* MP Samba
* Banda Cheiro d’Água
* Coral Viva Voz
* Companhia da Marchinha
* João Vitor e Cristiano
Além disso, também contribuiu em escolas de samba como Palmares, Associação dos Pretos e Palma Pirou, além de blocos tradicionais como Bloco do Sujo, *Bloco do Pijama* e Arrasta Bloco.
Com o alistamento militar, Marcos ingressou na Marinha do Brasil, integrando a fanfarra do *Centro de Instruções Almirante Alexandrino*, no Rio de Janeiro. Após cumprir o serviço militar, retornou à sua cidade e deu continuidade à carreira musical, tocando com artistas locais, estaduais e até fora de Minas Gerais.
Hoje, após 34 anos dedicados à música e à Banda Municipal, Marcos Antonio Pereira da Silva continua atuando ativamente e lutando pela preservação dessa instituição que transformou sua vida e a de muitos jovens. Para ele, a Banda não forma apenas músicos, mas também cidadãos.

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